Estreantes na Copa Mitsubishi começam a competição sob forte emoção

A Copa Mitsubishi Circuito Ilhabela de Vela já se consagrou como a competição mais regular do calendário de vela paulista. A cada edição não é raro contar com novas equipes ou novos velejadores.

Duas equipes estreantes encararam um desafio de ventos fortes e regatas longas no primeiro final de semana da Copa.

O Zap, um Fast 395, de Sergio Framílio, fez suas primeiras regatas com a nova equipe.

foi a primeira regata do Zap comigo como proprietário. Alguns membros da tripulação já haviam corrido outras regatas e para alguns foi a primeira vez.

No geral, curtimos muito o primeiro dia, mas a regata foi bastante longa. Chegamos na linha de chegada poucos minutos antes de estourar o limite de tempo. Mas fora isso foi tudo bem!

No melhor espírito “live aboard”, Sergio conta que adquiriu o veleiro em outubro do ano passado e desde então, é sua “casa” em São Sebastião.

“A tripulação é formada somente por amigos. Alguns com experiência de anos e outros,como eu, novatos”. 

Mesmo com esta tripulação de pouca experiência o Zap não deixou de se divertir na regata do último domingo, com ventos de 25 nós constantes e rajadas que chegaram aos 30:

“Já havia pego ventos fortes como esse em travessia mas nunca em regata. Foi emocionante mesmo. A galera se comportou super bem. A confiança entre os membros da tripulação é grande e no Zap também. 

A gente estava confiante no comandante, no proeiro e todo mundo sabendo o que e quando deveria ser feito. Essa combinação deixou todos tranquilos e curtimos o dia de regata, tanto que estamos prontos para o próximo final de semana. Concluir no tempo e nos divertir muito”, completa Sergio, que deixa, aliás, o instagram da equipe, para quem quiser acompanhar o ZAP: @veleiro_zap.

Na C30, um velho conhecido sob novo comando

Esta etapa marcou também a chegada de uma nova equipe. Alessandro Penido, velejador experiente, comandante do HPE25 Azzurro, encarou o desafio de comandar o C30 Kairós: “Quando soube que o +Realizado estava à venda, me entusiasmei e decidi comprá-lo. Achei que era uma boa oportunidade, um desafio novo.Eu não conhecia o Apud e nem tinha velejado antes no C30. É de fato a primeira experiência com essa classe”.

Alessandro comenta as primeiras regatas com o novo barco e o desafio de encarar uma regata com ventos fortes:

“A velejada no C30 é bem diferente do HPE. A tocada do leme, as manobras, o arranjo da tripulação. Há muito o que aprender, mas é uma questão de treino e tempo para a adaptação.

Já no domingo largamos e montamos a primeira boia. No final da perna de popa, o vento aumentou e ultrapassou o limite de segurança que havíamos estabelecido para este início. Queremos dar um passo de cada vez”, resume.

E tem tripulação exclusivamente feminina

Embora não seja novata na Copa Mitsubishi Carina Joana, nesta edição, vem com seu veleiro Criloa com uma tripulação 100% feminina e as meninas do Criloa estão empenhadas em um projeto audacioso, realizar a regata Cape To Rio 2023.

“Não é a minha primeira Copa, na verdade, a primeira foi em 2017, mas nossa tripulação é nova. Embora já tenhamos velejado juntas na recente regata Ubatuba-Ilhabela essa será nossa estreia na Copa Mitsubishi e com a equipe com a qual pretendemos realizar a Cape to Rio”, comenta a comandante Carina Joana.

A história do projeto está relacionada à própria história do barco, como comenta Carina:

“2023 será o ano em que o Criola completa 50 anos de construção e a nova tripulação do veleiro pretende repetir o feito da Cape to Rio de 1976, quando um grupo de sete mulheres conduziram o Criloa na famosa regata, cruzando o Atlântico da África ao Rio, algo que queremos fazer novamente”.

Quem quiser conhecer mais o projeto da travessia do Atlântico pelas velejadoras pode acessar o Instagram @voa_criloa.