Equipes de todo o litoral paulista se encontram na Copa Mitsubishi
Não é de hoje que a Copa Mitsubishi atrai competidores de outros pontos do litoral e uma série de fatores ajudam a atrair os velejadores dos extremos do estado de São Paulo, com frequência, quando não equipes de outros estados.
E, na verdade, estes “estrangeiros” já são “de casa”. É o caso do Beleza Pura II, barco que tem sua residência em Ubatuba.
“Sempre temos uma motivação para vir para Ilhabela. A gente gosta muito da recepção no clube e tudo o que envolve o evento. Este ano, em particular, a grande motivação era voltar às regatas competitivas”, comenta Felipe Degan, comandante do Beleza Pura.
A vontade de velejar é a grande motivação, pois sempre a logística para participar é detalhada:
“Para você ver, a gente saiu de Ubatuba na sexta, por volta das 18h e chegamos em Ilhabela depois das 21h. Isso porque foi um dia favorável. Fora isso, tem que pensar na logística da volta, pois o barco ficou no clube durante esta semana. Assim, temos que ver quem vem de carro, para nos levar de volta, por exemplo”.
Mário Martinez, do Rudá, que vem de Santos para a Copa Suzuki lembra um aspecto fundamental, que em sua opinião faz do evento um ponto de encontro dos velejadores paulistas:
“As condições de vento aqui em Ilhabela são incomparáveis. o Clube com uma estrutura boa, acolhedora, e o fato de que a Ilha está no meio do caminho entre Santos e Ubatuba nos propicia este encontro, esta oportunidade de rever os amigos.”
Outra equipe assídua frequentadora da Copa Mitsubishi é a do veleiro Montecristo.
Alexandre Wissenbach, que comandou o Montecristo no último final de semana, comenta que “a Copa Mitsubishi reúne em Ilhabela boa parte da flotilha de São Paulo e competir e a nossa motivação.
Nessa etapa, deixamos o carro em Caraguá, fomos até Ubatuba de Uber, pegamos o barco e viemos para Ilhabela. Domingo voltamos de bote até caraguá e depois para SP.
Agora no segundo final de semana, vamos de carro até Ubatuba, de lancha até Ilhabela e domingo voltamos com o barco”.
E para quem pensa se vale a pena todo este trabalho, Alexandre é categórico: “é um prazer velejar com nossa turma e isso supera toda a logística”.
Jonas Penteado, veterano velejador paulista, é outro que faz questão de prestigiar a Copa, trazendo sempre o seu veleiro Asbar IV, de Santos, cidade de onde vem outras duas equipes, o Inaê e o King.
Fabio Cotrim, um dos comandantes do King, detalha inclusive, que a equipe tem toda uma precaução adicional quando estão em viagens:
“No barco temos uma quantidade grande de peças de reposição e ferramentas. Nosso skipper, Johan e o Matheus Sorriso que é nosso proeiro cuidam da navegação da sede em Santos para Ilhabela, o nosso mergulhador,”Grego” que cuida da limpeza do fundo do barco.”
Mesmo com toda esta precaução adicional, a vela é um esporte que exige muito do equipamento e avarias são frequentes.
“Atravessamos em uma rajada, no domingo, e a retranca acabou batendo na água com muita força e rachou. Para esse caso tivemos que usar a estrutura da Ilhabela para reparar. Johan e equipe trabalharam durante a semana e deixaram o barco pronto para as regatas deste final de semana”.
Fabio é outro velejador que não tem dúvidas quando perguntado se mesmo com os percalços vale a pena estar na Copa: “Lógico que sim. Um super evento, sempre com grandes equipes e muito vento”.
Logística semelhante tem a equipe do veleiro Inaê, conforme relata o comandante, Bayard Umbuzeiro Neto: “Geralmente a gente leva o barco um ou dois dias antes do campeonato e os demais membros da equipe vão de carro na véspera. O barco fica no clube durante a etapa e retorna ao final”.
Neste final de semana, dias 26 e 27 de junho, a flotilha do litoral paulista volta às águas de Ilhabela a partir deste sábado, para as regatas finais da primeira etapa.
A Copa Mitsubishi Circuito Oceânico de Vela tem organização do Yacht Club de Ilhabela, patrocínio máster da Mitsubishi Motors e apoios da Prefeitura Municipal de Ilhabela, Balaio de Ideias, Control Serviço, North Sails, E-Ventos, Revista Ancoradouro, Band Vale, ABVO e FEVESP.